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Os principais gases com efeito de estufa são o dióxido de carbono (CO2), o metano (CH4), o óxido de azoto (N2O), os hidrofluorocarbonetos (HFCs), os perfluorocarbonetos (PFCs), o hexafluoreto de enxofre (SF6) e o trifluoreto de azoto (NF3).

O inventário nacional de emissões de gases com efeito de estufa contabiliza todas as emissões e sequestro de origem humana, constituindo o instrumento que permite monitorizar e verificar o cumprimento nacional face às metas assumidas, sendo por isso um elemento chave da política climática. O inventário é elaborado anualmente, sendo o último inventário (2022) relativo às emissões de 2020.

Evolução das emissões nacionais de gases com efeito de estufa
Evolução das emissões nacionais de gases com efeito de estufa

De acordo com o Inventário Nacional de Emissões de 2022, as emissões de GEE, sem contabilização das emissões dos setores do Uso do Solo, Alteração do Uso do Solo e Florestas (LULUCF - Land Use, Land Use Change and Forests), são estimadas em cerca de 57,6 Mt CO2e para 2020, representando um decréscimo de 1,5% e de 9,5% face a 1990 e 2019, respetivamente.

Considerando o setor LULUCF, o total de emissões em 2020 é estimado em 52,9 MtCO2e, correspondendo a uma redução de 19,3% em relação a 1990 e uma diminuição de 10,6% face a 2019.

A evolução das emissões de GEE reflete, em grande medida, a evolução da economia portuguesa:

  • forte crescimento na década de 90, associado ao aumento da procura de energia e da mobilidade.
  • redução das emissões a partir de 2005, fruto de melhores sistemas de controlo de poluição e eficiência energética (combustíveis menos poluentes, produção de energia a partir de fontes de energia renovável e medidas de gestão de resíduos).
  • aumento das emissões associadas ao consumo de energia primária e final em 2014-2017, com a retoma da economia no pós crise de 2008, e os anos de seca (2015 e 2017).
  • redução das emissões a partir de 2017 devido ao aumento de energias renováveis no consumo primário de energia, a redução no uso de carvão para produção de eletricidade e à desaceleração económica causada pela pandemia de COVID-19.

Para mais informação pode consultar o site do Relatório de Estado do Ambiente.

Emissões setoriais de CO2e, em Portugal, em 2020
Emissões setoriais de CO2e, em Portugal, em 2020

Os principais sectores da economia portuguesa responsáveis pelas emissões de gases com efeito de estufa são:

  • Energia, incluindo transportes, residencial e serviços e produção de eletricidade, sector que é o principal responsável pelas emissões de gases com efeito de estufa em Portugal, representando 67,1% das emissões nacionais em 2020. A produção de energia e os transportes são as fontes mais importantes representando em 2020 respetivamente cerca de 18,1% e 25,8% do total das emissões nacionais.
  • Processos industriais e uso de produtos que contribui para 13% das emissões nacionais de GEE;
  • Agricultura que contribui para 12% das emissões nacionais de GEE;
  • Resíduos, incluindo águas residuais, que contribui para 8% das emissões nacionais de GEE;
  • Uso do solo, alteração do uso do solo e florestas, é um sector que se constitui como um sumidouro de carbono. Em 2020 a capacidade de sumidouro foi de -4,6 Mt CO2e.

Para mais informação pode consultar o site do Relatório de Estado do Ambiente.

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